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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS

A Genética de Populações consiste no estudo da origem e do destino da variação genética de um grupo populacional. As premissas adotadas são:
- material genético pode ser replicado
- material genético pode variar (mutar e recombinar)
- o fenótipo resulta da interação do genótipo com o ambiente
Alguns conceitos básicos de genética são importantes:
que tal você buscar uma definição para cada um destes termos e relembrá-los?  
1) gene
2) genótipo
3) fenótipo
4) alelo
5) locus
6) polimorfismo
7) homólogo

Se..................
gametas geram zigotos;
zigotos formam adultos;
adultos produzem gametas
Então..............
Voltamos ao início.................... gametas irão gerar zigotos..............

A base da genética das populações reside neste paradigma: em termos genéticos, somos o resultado do que foi transmitidos pelos nossos ancestrais, tendo recebido estas informações a partir de nossos genitores.
Neste sentido, a população é a unidade básica da evolução. Caracteristicamente as populações possuem continuidade genética no tempo (interconexões das gerações sucessivas) e no espaço (intercruzamento dos membros). Isto quer dizer que as informações genéticas, incluindo suas variações, são continuamente intercambiadas ao longo das sucessivas gerações.
Os genes presentes nos indivíduos compõe um conjunto coletivo, o pool genético, que é populacional. Assim, apesar de cada indivíduo consistir em uma unidade genética (uma combinação única de genes), a população é o elemento que apresenta todas as possibilidades e variações para o genoma.

Distribuição de frequências
Para um dado locus, a constituição genética do grupo resulta da distribuição de suas composições genotípicas individuais, ou seja, cada um dos genótipos presentes corresponde a uma parcela (fração) da população
Assim, em um locus autossômico que possui dois alelos (A e a), temos os seguintes genótipos:
AA - cuja frequência é representada por f(AA)
Aa - cuja frequência é representada por f(Aa)
aa - cuja frequência é representada por f(aa)

Como os genótipos são formados a partir de combinações de alelos, podemos identificar no grupo populacional a participação de cada combinação (incluindo as variantes do gene estudado) no conjunto de indivíduos. Assim, as frequências genotípicas refletem a ocorrência de cada um dos genótipos nas estruturação da população. Em uma população com N indivíduos, cada genótipo contará com n(genótipo)indivíduos. O valor de N sempre será dado pela soma dos indivíduos da população.
Por exemplo:
200AA
100Aa
200aa

N = AA + Aa + aa
N = 200 + 100 + 200
N = 500
A população possui 500 indivíduos

f(AA) = n(AA)/N
f(AA) = 200/500 - ou seja, 200 em 500 são AA
f(AA) = 0,4

f(Aa) = n(Aa)/N
f(Aa) = 100/500 - ou seja, 100 em 500 são Aa
f(Aa) = 0,2

f(aa) = n(aa)/N
f(aa) = 200/500 - ou seja, 200 em 500 são aa
f(aa) = 0,4
Como os genótipos possíveis para um locus autossômico com dois alelos são AA, Aa e aa, se somarmos suas frequências, obrigatoriamente chegaremos à unidade, ou seja 100% (100/100 = 1,0) da população. Desta forma,  
f(AA) + f(Aa) + f(aa) = 1,0

Em nosso exemplo, f(AA) = 0,4; f(Aa) = 0,2 e f(aa) = 0,4. Logo,

0,4 + 0,2+ 0,4 = 1,0

A frequência gênica (ou alélica) é definida como a proporção de um determinado tipo de alelo em relação ao conjunto de alelos do locus em questão. O somatório das frequências dos alelos de um locus resulta na totalidade (100%) de alelos. Podemos determinar as frequências gênicas de duas formas, ambas a partir da avaliação dos alelos presentes nos genótipos. Em um método, derivamos a frequência dos alelos a partir das frequências dos genótipos. No outro, determinamos de forma direta a frequência dos alelos na população.

Derivando a partir das frequências genotípicas:
f(A) = f(AA) + 1/2 f(Aa)
f(A) = 0,4 + (0,2/2) = 0,4 + 0,1 = 0,5

f(a) = f(aa) + 1/2 f(Aa)
f(a) = 0,4 + (0,2/2) = 0,4 + 0,1 = 0,5

Como nas frequências genotípicas, f(A) + f(a) deve totalizar 100% da população. Assim,

                                                                 f(A) + f(a) = 1,0

Em nosso exemplo, f(A) = 0,5 e f(a) = 0,5, logo:
                                                                  0,5 + 0,5 = 1,0

Calculando a partir do número de alelos na população teríamos:
200AA = 400 alelos A
100Aa = 100 alelos A e 100 alelos a
200aa = 400 alelos a
total de alelos na população = 2N = 2 x 500 = 1000

f(A) = [(2 x numero de indivíduos AA) + numero de indivíduos Aa] / 2N
f(A) = 400 + 100 / 1000 = 500/1000 = 0,5

f(a) = [(2 x numero de indivíduos aa) + numero de indivíduos Aa] / 2N
f(a) = 400 + 100 / 1000 = 500/1000 = 0,5

ATIVIDADE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS


Determine as frequências gênicas e genotípicas das populações abaixo:
1 – 123AA, 238Aa, 67aa
2 – 18AA, 47Aa, 100aa
3 – 2310AA, 4477Aa, 1982aa

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

NORMAS DE ARREDONDAMENTO

Arredondamento de dados
De acordo com a resolução 886/66 do IBGE, o arredondamento é feito da seguinte maneira:

1 - Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 0,1,2,3 ou 4, fica inalterado o último algarismo a permanecer.
Exemplos 53,23354567 passa a 53,2335 44,03961886 passa a 44,0396

2 - Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 6,7,8 ou 9, aumenta-se uma unidade o algarismo a permanecer.
Exemplos 53,2335823 passa a 53,2336 44,0396735 passa a 44,0397

3 - Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 5, há duas soluções:
a) Se ao 5 seguir em qualquer casa um algarismo diferente de zero, aumenta-se uma unidade o algarismo a permanecer.
Exemplos 53,23355039 passa a 53,2336 44,03975206 passa a 44,0398
b) Se o 5 for o último algarismo ou se ao 5 só se seguirem zeros, o último algarismo a ser conservado só será aumentando de uma unidade se for ímpar.
Exemplos
53,23355 passa a 53,2336
44,039250 passa a 44,0392

Obs: Não devemos nunca fazer arredondamento sucessivos. Exemplo: 17,3452 passa a 17,3 e não para 17,35 e depois para 17,4.


modificado de http://wiki.icmc.usp.br/images/c/cb/Parte1AED2012.pdf

2019.1 - BEM VINDOS!

Olá todos, Iniciamos mais um semestre letivo com a disciplina de evolução. Que tenhamos um excelente semestre letivo
 

 PLANO DE CURSO - 2019.1

EMENTA     
Os genes nas populações; distribuição de frequências; Equilíbrio genético; ação das forças evolutivas sobre o pool genético das populações; histórico do pensamento evolutivo; teorias evolutivas, diversidade genética e biodiversidade; ação geral das forças evolutivas; normas adaptativas; teoria sintética da evolução; evolução humana.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA   
Levar o aluno a compreender os fenômenos genéticos que interferem na modificação das espécies; Levar o aluno a compreender os fenômenos genéticos que interferem na adaptação; Compreender os mecanismos responsáveis pelo processo de evolução; Demonstrar conhecimento sobre as proposições teóricas acerca do processo de evolução; Compreender as evidências do processo de evolução.   
Ao final desta Disciplina, espera-se que o aluno desenvolva os conhecimentos básicos necessários para compreender os fenômenos genéticos que interferem na modificação das espécies; compreender os fenômenos genéticos que interferem na adaptação e os mecanismos responsáveis pelo processo de evolução; demonstrar conhecimento sobre as proposições teóricas acerca do processo de evolução; compreender as evidências do processo de evolução, incluindo a evolução de nossa espécie.



PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Avaliações A1 e A2 = 10,0 pontos:
·         Prova escrita= 8,0 pontos, mesclando questões discursivas e questões objetivas
Atividade orientada = 2,0 pontos
OBS: as datas previstas para atividade orientada e para provas está disponível no cronograma propositivo da disciplina


Avaliação A3 = 10,0 pontos.
Prova escrita= 10,0 pontos, mesclando questões discursivas e questões objetivas
 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
HARTL, D.L., CLARK, A.G. Principios de Genética de Populações. Rio de Janeiro, 4ª Ed. Grupo A, 2010.
FUTUYUMA,D. Biologia Evolutiva, Ribeirão Preto: SBG, 2001.
STEARN,S.C. e HOEKSTRA,R.F. Evolução: uma introdução, Atheneu, 2003.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
WILSON, E. Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
WINSTON, Robert. Evolução, Revolução. De Darwin ao ADN, Porto, DK – Civilização, Editoras, 2009
SHORROCKS,B.A. A Origem da Diversidade, EDUSP 1980.
FREEMAN, S.; HERRON, J C. Análise Evolutiva. 4ª edição Porto Alegre: Artmed, 2009.
SADAVA, D. Vida: a ciência da biologia. 8a ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 448p. (v. 2: Evolução, diversidade e ecologia).

CRONOGRAMA PROPOSITIVO 2019.1